Simbolismos

O que faz uma pessoa sair do conforto do seu lar para encontrar com pessoas vestidas normalmente de preto portando símbolos macabros como caveiras em encontros de finais de semana?
Andar em estradas nem sempre em bom estado de conservação, pagar um preço abusivo por uma gasolina de má qualidade para ir nestes encontros?
 
Muitos ao lerem este texto não vão saber a resposta, porém quem gosta de liberdade adrenalina e uma boa amizade, vai saber a verdadeira resposta!
 
Quantos aos símbolos ditos como macabros vem à explicação:
 

A Cruz Pátea

A Cruz Pátea (derivada do francês croix pattée significando cruz patada), mais do que uma cruz específica, é uma categoria de cruzes caracterizadas por terem pontas mais amplas no seu perímetro do que no centro, configurando "patas".
No Brasil, é particularmente conhecida devido a sua adoção pelo Clube de Regatas Vasco da Gama.
A cruz pátea é às vezes confundida com a Cruz de Malta e a Cruz de Cristo, o que não deixa de fazer sentido pois ambas estas podem ser consideradas sub-categorias daquela. Muitas vezes por questões de simplificação, as pontas quebradas da Cruz de Malta ou a cruz grega central branca da Cruz de Cristo são ignoradas, configurando cruzes páteas.
Símbolo muito utilizado no Motociclismo Mundial, a Cruz de Malta, ou Cruz de São João, é identificada como símbolo do guerreiro cristão. É uma cruz com oito pontas e tem a forma de quatro braços em V que se juntam em suas bases. Seu desenho é baseado nas cruzes usadas desde a Primeira Cruzada. O Emblema dos Cavaleiros de São João foi levado pelos turcos para a ilha de Malta. A força de seu significado vem de suas oito pontas, que expressam as forças centrípetas (que se dirigem para o centro) do espírito e a regeneração. Até hoje a Cruz de Malta também é muito utilizada em condecorações militares.
 

A Cruz de Ferro

A Cruz de Ferro (em alemão Eisernes Kreuz) foi uma condecoração militar do Reino da Prússia, e posteriormente da Alemanha, instituída pelo rei Frederico Guilherme III e concedida pela primeira vez em 10 de março de 1813 em Breslau.
A cruz de ferro não é atribuída desde maio de 1945 e é uma condecoração exclusiva de tempos de guerra.
 

A Caveira

É o símbolo máximo do motociclismo e não representa a agressividade, mas sim a fraternidade e a igualdade nas estradas. Simboliza a igualdade e a fraternidade que deve prevalecer entre os motociclistas, independente de sua raça, crença, cor de pele, sexo, religião ou da marca de sua moto. Todos nós somos iguais por baixo da pele.
Se hoje os roqueiros adoram qualquer acessório ou estampa de caveiras, só por simpatia, no começo ela já significou muita coisa. E foi com a ascensão das bandas de rock dos anos 60 que surgiu a necessidade de uma identidade visual para aquele novo gênero que despontava; e os publicitários, fotógrafos, designers, ilustradores e oda a galera responsável por essa área começou a pesquisar o que poderia traduzir aquele novo som. Foi então que uma caveira estampou o primeiro álbum da banda Grateful Dead (que até hoje é o seu rótulo), em 1965, com um sorriso desafiador e de deboche, comum às caveiras. Pronto, foi encontrado o melhor símbolo para o rock. Representando o exagero, o negativo, o perigo e a rebeldia, se encaixando perfeitamente com o inconformismo expresso na música, que assim se tornou o ritmo escolhido para os motociclistas, moto clubes e moto grupos.
Vale observar ainda que as Caveiras não possuem pele, olhos, boca, cabelos, etc. Daí surgiu a sutil comparação.
 

As Roupas Pretas

Faz parte da cultura do motociclista e dos Motos Clubes, e isso vem desde o começo do século XX, quando foi fundada a famosa fábrica Harley Davidson; e pela cultura dos americanos, de usar jeans, jaqueta de couro preta, camiseta e capacete. Assim do mesmo modo que o terno e gravata é o uniforme de trabalhode alguns, os MC's adotam a jaqueta preta como uma segunda pele. E é a cor que menos aparece a sujeira acumulada nas estradas.
O preto se caracteriza por não ser uma cor e sim por ser a ausência de cores e no motociclismo, para alguns, se refere ao preconceito ou ao racismo, onde não importa a sua moto ou sua “cor”, todos são iguais.
Para outros a roupa preta é para destacar a poeira acumulada na estrada ou todo o caminho percorrido.
 

A Águia

A Águia transfere muito sua atitude e personalidade para o motociclista. Ela é um animal muito especial, é a que mais tempo vive, além de ser a que voa mais alto, quase sempre em vôo solitário. Ficam no alto, olhando o azul infinito. Não teme tormentas nem tempestades Nunca se escondem… Abrem suas asas, e podem voar até 90 km por hora e enfrentam as adversidades. Enquanto o mundo fica às escuras, embaixo, elas voam vitoriosas e em paz, lá em cima. Quando chegam aos 35 anos, estão com as penas velhas, o que as impedem de voar, as unhas e o bico estão compridos demais, curvados, impedindo-as de se alimentar. Então, numa atitude instintiva e de coragem pela sobrevivência, procuram um lugar alto, próximo a uma rocha onde batem as unhas até que se quebrem. Em seguida, fazem o mesmo com o bico. Batida depois de batida, até cair. Enquanto isso, elas são alimentadas por outras, para que sobrevivam. Quando as unhas começam a crescer, ela vai arrancando as penas, uma a uma. Após aproximadamente 150 dias está completo o processo e ela parte para o vôo de renovação, com mais anos de vida pela frente. Mas as águias também morrem. Quando sentem que chegou a hora de partir, não se lamentam nem ficam com medo. Tiram as últimas forças de seu cansado corpo e voam aos picos mais altos, quase inatingíveis, e aí esperam resignadamente o momento final. Até para morrer são extraordinárias. Prezando sempre a liberdade, a águia é forte, corajosa, obstinada e veloz, assim como os motociclistas.
 

Os (As) Coxinhas

No motociclismo já é usado há vários anos, e tem várias definições, por exemplo, "coxinha é aquele que compra uma moto, mas não a usa por ter medo, sai com ela em dias de sol, mas tem medo de rodar na chuva, faz passeios de finais de semana, cheio de equipamentos e tal, mas nunca fez uma viagem verdadeiramente mais longa, mantém sua moto sempre brilhando e limpa, como se fosse desfilar, frequenta seu clube de motociclistas todo à caráter, mas na verdade é um motociclista de fantasia, de finais de semana e por ai vai". O termo sempre é usado com bom humor, aqueles que o levam a sério são os verdadeiros coxinhas.
Mas, por que coxinha? Porque os motociclistas escolheram a designação desse popular salgado para aplicar a tais casos?
Coxinha seria uma corruptela de coxia: A coxia, ou bastidores, é o lugar situado dentro da caixa teatral - mas fora de cena. O termo passou a ser usado por alguns membros dos moto clubes, por que, a coxia era o local onde os amigos dos artistas (que acompanhavam a trupe, mas não se apresentavam) ficavam. Ou seja, aqueles que acompanham a trupe (mas, não faziam parte da trupe) ficam na coxia ou vão de coxia. Assim, os motociclistas que apenas acompanham o moto clube, não tomando parte das viagens, ou seja, da atração principal do moto clube, ficam na coxia. O “coxinha”, então, embora sempre presente nas reuniões e festejos do moto clube (ou encontros de moto clubes), jamais participa de viagens longas (pelo menos não de motocicleta) e, portanto, não seria um membro ativo no moto clube (ou pelo menos, não seria um membro ativo do moto clube “na estrada”, o que, afinal, é o que interessa). Esses são os chamados Coxinhas.
 
 

Segue um texto encontrado na internet que revela a verdadeira paixão por motocicleta até na hora da morte:

 "Nosso medo não é morrer em cima de uma moto, e sim chegar ao céu e não ter moto pra pilotar...!!!" Quando eu morrer esse vai ser o meu túmulo, e na lápide vai estar escrito: Aqui descansa um MOTOCICLISTA; depois de percorrer vários km, depois de ter sentido a verdadeira LIBERDADE e a dor na coluna após uma longa viagem que só quem tem motocicleta sabe, foi sentir o verdadeiro sopro do vento, que é o sopro que vem de Deus. Só peço um favor: Não toquem a marcha fúnebre, toquem o bom e velho ROCK; não bebam café e sim WHISKY, TEQUILA e RUM; não chorem, apenas façam suas motocicletas RONCAREM.